Há alguns anos, as mulheres brasileiras vêm conquistando o seu espaço no mercado de trabalho. Hoje elas disputam vagas de igual para igual em qualquer setor ocupando postos de trabalho que antes eram destinados somente a homens, entre cargos de chefia e até mesmo as tarefas consideras puramente masculinas, como pedreiro e eletricista. Essa realidade mudou e agora a mulher também já tem na construção civil. Segundo a mestre de obras, Márcia Cristina da Silva, de 42 anos, que trabalha no canteiro das obras do programa Minha Casa, Minha Vida, do PAC, Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal, a abertura do mercado reduz a queda do desemprego para as mulheres brasileiras.
TEC/SONORA: Mestre de obras – Márcia Cristina Santos da Silva
"Porque aquelas mulheres que há algum tempo atrás que eram casadas e só dependiam da renda dos seus maridos, hoje elas podem sair em campo, trabalhar. Senão conseguem em um lugar específico elas podem bater nos canteiros das obras que elas conseguem empregos. A gente tem empresas que oferecem muita qualificação tanto para homens quanto para mulheres. Tanto é que nas salas de aulas que você vai nessas entidades que oferecem cursos de qualificação, você vê as salas lotadas de mulheres, mulheres aprendendo a ser pedreiras, ladrilheiras, armadoras e carpinteiras."
LOC/REPÓRTER: De acordo com os dados divulgados pela PME, Pesquisa Mensal de Emprego, do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a taxa de desocupação da mulher atualmente é de 7,6 por cento quando comparado ao mesmo período do ano passado que registrou 8,7 por cento. Segundo o gerente da pesquisa, Cimar Azeredo, o percentual reflete a evolução do crescimento da mulher no mercado de trabalho brasileiro. Para Azeredo, a atuação feminina alterou o cenário econômico do País.
TEC/SONORA: Gerente da PME/IBGE, da pesquisa mensal de emprego – Cimar Azeredo
"Você tem uma melhora no cenário econômico isso é inegável. Essa melhora no cenário econômico ela reflete diretamente no mercado trazendo o mercado com o aumento do nível da ocupação, ou seja, o mercado está contratando mais, o mercado está pagando melhor, ele está com emprego de qualidade, ou seja, você tem uma participação forte cada vez mais do emprego com carteira. Então você vai assistir ao longo da evolução da pesquisa mensal de emprego um aumento da qualidade do emprego, do rendimento da população ocupada, do número de emprego, da redução desse emprego, e quando você divide isso em categorias você percebe que houve também melhoras para as mulheres."
LOC/REPÓRTER: Hoje, as mulheres disputram vagas principalmente no setor da construção civil. A informação é de João Pimentel, diretor de relações institucionais da Norte Energia S/A, empresa responsável pela implantação e construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira, no Pará . A obra conta com 137 mulheres, que representa 14 por cento da mão de obra da construção da usina. O representante da empresa explica o que motivou a mulher a procurar a construção civil.
TEC/SONORA: Diretor de relações institucionais da Norte Energia S/A, João Pimentel
"O motivo é que é um setor que remunera muito bem e as mulheres não se sujeitam mais a trabalhar em funções apenas de baixa remuneração. Hoje elas estão disputando o mercado com homens em condições de igualdade e concorrendo a melhores salários. O trabalho da construção civil paga muito bem e uma técnica especializada na construção civil ganha melhor do que em outros setores da economia e por tanto as mulheres hoje se qualificam dessa maneira."
LOC/REPÓRTER: Para João Pimentel, esse é um marco significativo. As mulheres, além de buscarem a cada dia entrar no mercado de trabalho, fazem cursos de aperfeiçoamento para se manterem nesse mercado. Elas aprendem a rotina de motoristas de tratores, caminhões, operadoras de máquinas pesadas.
Reportagem, Alexandre Penido
Fonte:
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