DICAS PARA O CONSUMIDOR NA HORA DE COMPRAR ELETRODOMÉSTICOS


No momento da compra, preço e o gasto com energia elétrica devem ser levados em conta.

Os consumidores têm um aliado na hora de escolher o eletrodoméstico que consome menos energia. Trata-se do selo que indica a categoria de consumo de cada produto e que vem afixado em refrigeradores, combinados, condicionadores de ar, chuveiros elétricos, motores, aquecedores e lâmpadas fluorescentes e incandescentes. Assim, em uma escala de A a G, onde A é mais eficiente, é possivel saber o produto que tem um melhor desempenho energético. A medida faz parte do Programa Brasileiro de Etiquetagem desenvolvido pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).
 
Adquirindo um combinado (geladeira com freezer acoplado) da categoria A, por exemplo, é possivel obter uma economia de 40,1% em relação a um modelo semelhante com eficiência energética B. O mais econômico, consome 52 kw/h por mês, enquanto o outro gasta 86,8 kw/h ao mês. Apesar disso, nessa categoria o que consome mais energia é 29,71% mais caro e custa em torno de R$ 5,836 mil. Já o mais econômico sai por R$ 4,499 mil, pesando menos no bolso do consumidor.

Um freezer horizontal com eficiência energética A tem um consumo 27,4% inferior a um da categoria G. Nesse caso, o mais eficiente consome 36,1 kw/h ao mês, enquanto o menos econômico gasta 49,7 kw/h por mês. Em contrapartida, o que está enquadrado na categoria A é 8,63% mais caro que o que tem eficiência energética G. Nesse caso, o mais econômico custa cerca de R$ 1,196 mil, enquanto o outro custa em média R$ 1,100 mil.
De acordo com a gerente de qualidade do Instituto de Metrologia e Qualidade de Mato Grosso (órgão delegado do Inmetro), Elaine Barros, alguns produtos custam mais caro, no entanto, consomem menos energia. Assim, a etiqueta do Inmetro ajuda a orientar o consumidor sobre o custo/benefício do que está adquirindo. “Mesmo pagando mais caro pelo produto, a conta de energia no fim do mês pode ficar mais barata”.
De acordo com o engenheiro elétrico do Inmetro, Aloisio Costa da Silva Júnior, o consumidor que fizer as contas na ponta do lápis, comparando o preço com a economia que pode ser gerada na conta de energia elétrica, vai optar por eletrodomésticos mais eficientes.
Cores facilitam leitura das etiquetas aos consumidores
As categorias do Programa Brasileiro de Etiquetagem são definidas a partir de índices calculados por meio da divisão entre o consumo do produto de uma determinada marca e o consumo padrão de um aparelho semelhante, determinado em laboratório, conforme explica o engenheiro elétrico e especialista em programas de avaliação da conformidade do Inmetro, Aloisio Costa da Silva Júnior. “Com isso é possivel estabelecer aqueles que gastam mais ou menos energia elétrica”, afirma.

Para facilitar a leitura da etiqueta são usadas cores que vão do verde até o vermelho, passando pelo amarelo, com a eficiência energética do produto. O verde indica a categoria A, ou seja, a que consome menos energia. Já o vermelho representa a categoria G, que é a menos eficiente. Além disso, a etiqueta traz informações como o nome do fabricante do produto e logomarca, assim como o consumo de energia em kwh/mês. Apesar disso o engenheiro admite que não são todos os consumidores que entendem a linguagem utilizada na etiqueta.
Esta também é a opinião do economista especializado em planejamento de sistemas energéticos, José Manuel Marta, que considera o selo um instrumento importante, mas acredita que muitas pessoas ainda não sabem da existência da etiqueta, nem conhecem a utilidade. Ele defende, no entanto, que o sistema de classificação do consumo pode auxiliar o consumidor. Segundo ele, o instrumento é uma forma de tornar pública uma das qualidades do produto: a eficiência energética.

Embora a etiqueta do Inmetro demonstre a eficiência energética, a maioria dos consumidores não estão preocupados com a economia que é possivel alcançar na conta de luz, mas sim com o preço final do produto, conforme o economista. Somado a isso, frisa, o comprador não está habituado a se informar sobre aquilo que está adquirindo. “Como está condicionado pela renda familiar, o consumidor raramente olha qual o eletrodoméstico mais eficiente. A tendência é adquirir aquele que está dentro do poder de compra”, diz.
Fonte: Gazeta Digital

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